domingo, 26 de dezembro de 2010

Escrevo como se fosse ontem, como se escrevesse como antes, como quem se escreve regularmente. O que havia acontecido comigo? Somente textos de outros que falam por mim e pequenas frases depois de vencido a preguiça mental. Mas e eu por mim mesma? E nada como o natal e ano novo para refletir, recomeçar, refletir e recomeçar. Sempre a mesma coisa, e diferente. É um clichê bom. Faça sua listinha do que você irá recomeçar a fazer de hoje em diante. Comece na segunda. Deixa-se a vida te levar mas sem esquecer de parar um pouco para refletir, ao menos no final de ano. Vamos lá, não seja tão idiota. Estou um pouco enferrujada, mas sei que isso tudo me ultrapassa. O que invento me ultrapassa. Sei que comecei a escrever sem saber o que dizer direito, e não paro. Não morri nem enlouqueci. No momento sirvo um copo de cerveja para mim mesma, brindo aonde estou indo, estou indo além dos horizontes. Brindo a qualquer coisa que vai vim, e sei que a direção vai ser mais à luz. Aqui encerra um ciclo e começará outro, o desapego dando lugar a coisas novas e mais claras. Espero não ter mais tais sensações somente nos finais de ano, deveríamos e devemos recomeçar sempre que reconhecemos. E eu devo, devo sempre. E devo mais ainda a Deus, que acima, antes e por trás de qualquer coisa foi quem me deu e sei que dará sempre a graça necessária para seguir em frente e conseguir o que mereço. E me sinto grata, porque me deu um amor que eu desconhecia e achava até que não merecia. Falo de uma pessoa, falo também do sentimento de fé que Deus transforma. Mesmo com todas as dificuldades, Deus me fez esquecê-las um pouquinho somente por eu reconhecer e estar atenta aos sinais que Ele me dá. Valem mais, e falam, e cantam maior que todos os demônios pela casa, rua e mundo. Que venha o que vier e o que quiser, eu continuo tentando correr em direção a luz, por mais que eu me perca, eu sei que há algo maior que eu. E é bom.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

"É praticamente indiscutível que a liberdade é um tema atual. Nunca o ser humano teve tanta fartura, tantas opções, tanto tempo livre e tanta pressa, portanto, nunca esteve tão premido pela circunstância da escolha. Uma pessoa pode nascer já com os olhos abertos, andar aos seis meses, ler aos 4 anos, menstruar aos 10, ter relações sexuais aos 12, sair de casa aos 18, perder os cabelos aos 25... A medicina nos dá cada vez mais tempo de vida. O que fazer com ele? Como escolher?"